Sábado, 16 de Fevereiro de 2008
Boa noite.
Antes de mais pedimos desculpas pela ausência: o grupo encontrava-se numa fase delicada do projecto (concretização da 1ª fase de diagnóstico e transição para a segunda fase de apresentação e consolidação de propostas) de onde não resulta nada de novo.
Entretanto, podemos finalmente referir uma primeira aproximação do projecto com a Câmara Municipal.
Na passada quarta-feira o grupo esteve reunido com o arquitecto António Charro, da divisão de planeamento Urbano da C.M.Trofa, e com a Dra. Isabel Torres, interlocutora do grupo com a câmara pelo concurso cidades criativas.
Para surpresa do grupo, foi notada uma certa sintonia no que toca aos pontos delicados da Trofa no que toca aos sectores da arte, cultura e desporto.
No entanto, pelo lado de políticas de planeamento urbano, as estratégias utilizadas não são, pelo nosso ponto de vista as mais correctas.
Frisaram constantemente: "Não queremos hipotecar futuros."
"Não queremos hipotecar futuros"?
Primeiro: A necessidade de retirar lugares de estacionamento para veículos ligeiros no centro da Trofa.
-Sim isto, pelo lado ambiental, é uma boa medida, pois obriga a população a deslocar-se a pé no centro da cidade, reduzindo assim os níveis de poluição.
Mas até que ponto todos os cidadãos podem deslocar-se a pé até ao centro da cidade? A Câmara esquece-se das pessoas que não vivem assim tão perto da baixa e que, por não existir uma rede de transportes públicos eficiente, necessita do carro para se movimentar.
Pensando nas consequências:
Será que a Câmara quer eliminar de uma vez por todas o resquício de comércio local que ainda existe na Trofa?
Opinião pessoal: Até que ponto isto não será mais uma estratégia para reduzir o número de viaturas na estrada nacional e assim, sem resolver verdadeiramente o problema, poder afirmar que estão a trabalhar na resolução do calvário de todos os condutores que nestas estradas circulam?
"Não queremos hipotecar futuros."?
Segundo: Apontaram a agricultura como um sector de forte rendimento e expressão na Trofa.
-É verdade, a equipa já o tinha referido. Mas se reflectirmos...
isto é a maior incoerência que já ouvimos.
Todos sabemos, todos lemos: está programada uma Plataforma logística Maia-Trofa que arrasará com grande parte do Vale do Coronado. Está programada uma nova Estação ferroviária e um novo traçado da linha férrea que ocupará mais uma boa porção das terras férteis na Trofa.
"Não queremos hipotecar futuros."?
Bem gostava de poder desipotecar o futuro...
(continua...)
sinto-me: A mim ninguém me cala